tag:blogger.com,1999:blog-48002438592222559792024-03-12T17:11:25.554-07:00Sonhar Mais - Grupo terapêutico de compartilhamento de sonhosgrupo terapêutico de compartilhamento de sonhosJoão Rafael Torreshttp://www.blogger.com/profile/09682555612943750776noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-4800243859222255979.post-80041313928069110692011-12-29T13:48:00.000-08:002011-12-29T13:48:21.508-08:00CBN: Tarot Analítico e oraculos para o fim de ano<a href="http://soundcloud.com/joaorafatorres/cbn-tarot-anal-tico-e-oraculos?utm_source=soundcloud&utm_campaign=share&utm_medium=blogger&utm_content=http://soundcloud.com/joaorafatorres/cbn-tarot-anal-tico-e-oraculos">CBN: Tarot Analítico e oraculos para o fim de ano</a>João Rafael Torreshttp://www.blogger.com/profile/09682555612943750776noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4800243859222255979.post-4450353240247150692011-08-14T11:41:00.000-07:002011-08-14T11:41:41.661-07:00Protocolo para uso dos sonhos<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyivbqqj2jvJrzNujjP6v6BgP5q6bPJk39OjtW7y6pRvE8Eaeu_0KhUSXRNsdukYY_5H17EHSiIiyXbKjW7C9A71N5n2Be02uPKDXPE0_ETk5NOCndSy6qdPyND9BwXj3M0mS4K1ZnTXI/s1600/sonhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyivbqqj2jvJrzNujjP6v6BgP5q6bPJk39OjtW7y6pRvE8Eaeu_0KhUSXRNsdukYY_5H17EHSiIiyXbKjW7C9A71N5n2Be02uPKDXPE0_ETk5NOCndSy6qdPyND9BwXj3M0mS4K1ZnTXI/s400/sonhos.jpg" width="400" /></a></div><br />
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Jung acreditava que os sonhos funcionavam como fotografias do dinamismo psíquico. As imagens neles contidas teriam uma função não só compensatória, como acreditava Freud, mas também serviriam para educar, orientar e até mesmo revelar lampejos de futuro — os ditos sonhos premonitórios, capazes de romper as fronteiras do tempo e do espaço. O olhar sobre o sonho, ensina, nunca deve ser restritivo: não cabe uma interpretação direta, como as sugeridas nos “dicionários dos sonhos”. O conteúdo deve ser sempre contextualizado a partir das referências pessoais do indivíduo que sonha. Abaixo, algumas dicas para que você tire proveito dos recados que o inconsciente oferece a cada noite.<br />
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<strong>- Construa um “sonhário”:</strong> Jung dizia que o simples registro diário dos sonhos já constitui um exercício terapêutico. Na medida em que anotamos as imagens, peripécias, sensações e emoções experimentadas no mundo onírico, conseguimos “organizar” os movimentos psíquicos. Compre um caderno que deverá ser dedicado exclusivamente aos sonhos e transforme o registro dos mesmos em um hábito diário.<br />
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<strong>- Descreva sempre um sonho no momento presente</strong>, como quem relata algo real. Comece pelos lugares, seguindo pelo contexto e pelo papel que você assume. Em seguida, relate as emoções vivenciadas, a evolução da cena e o desfecho. A preguiça deve ficar de lado: anote todos os detalhes que lembrar.<br />
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<strong>- A linguagem do inconsciente é sempre alegórica, simbólica</strong>. Assim sendo, todos os elementos presentes num sonho (dos personagens aos objetos) não devem ter interpretação literal — tudo faz parte de você e fala de você. <br />
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- <strong>Ao terminar o relato, tente fazer um exercício livre de associações entre aquilo que vê e as relações que se estabelecem com a vida</strong>. Jung chamou esse exercício de amplificação. Por exemplo: ao sonhar com uma colega de trabalho com quem não se tem muito contato, observe quais as principais características que ela transmite. O mesmo vale para os objetos: resgate a história relacionada a eles. Amplificar é buscar sentido diante das imagens que aparecem.<br />
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- <strong>Não tente encerrar o conteúdo de um sonho, atribuindo um significado único</strong>. Quanto mais múltiplo for o sentido, mais valia terá. Se achar interessante, escreva o resultado da amplificação abaixo do sonho. <br />
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- Em geral, <strong>todos os sonhos da mesma noite têm uma temática comum </strong>e, depois de serem analisados individualmente, deverão ser observados como um conjunto conciso. O mesmo vale para aqueles tidos durante um período específico da vida (durante uma viagem, ao fim de uma relação etc.). Dessa forma, o sentido que eles oferecem torna-se mais claro. <br />
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- Você quer começar, mas simplesmente não consegue lembrar do que sonhou? Não se aflija. <strong>Encare como um exercício. </strong>Na medida em que começamos a dedicar tempo para os sonhos, eles tendem a ficar mais limpos, vívidos e vivos na memória.<br />
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- <strong>A observação continuada dos sonhos, acompanhada por um psicoterapeuta ou analista, é um poderoso instrumento de cura e de desenvolvimento pessoal.</strong> O processo promove o autoconhecimento a partir dos elementos vindos do inconsciente.<br />
João Rafael Torreshttp://www.blogger.com/profile/09682555612943750776noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4800243859222255979.post-76358643499683060852011-08-14T11:38:00.000-07:002011-08-14T11:38:30.941-07:00Para que serve um sonho?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIoR-uHKjUYrdfMveAHT6P9qf3sG2__jGYMHaUXGXMPZI-yPCK-_9cLNCyn7hhv4IUfSN-dseP4gITeytilyfBBKtfBe2iUsC8JLyXArF_3CAbvmjM9OLsdWehU0gNi9gODRi7qNN6hv8/s1600/sonhos+gaudi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="278" naa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIoR-uHKjUYrdfMveAHT6P9qf3sG2__jGYMHaUXGXMPZI-yPCK-_9cLNCyn7hhv4IUfSN-dseP4gITeytilyfBBKtfBe2iUsC8JLyXArF_3CAbvmjM9OLsdWehU0gNi9gODRi7qNN6hv8/s400/sonhos+gaudi.jpg" width="400" /></a></div><br />
Com o que você sonhou ontem? Para muitas pessoas, a resposta a essa pergunta é bem simples: não lembro ou simplesmente não sonhei. Para outro tanto, o dia ganha um sabor especial ao tentar, logo pela manhã, decifrar o sentido oculto nas imagens oníricas. Esses encontram no sonho um norteador de caminhos, um esclarecedor de mistérios ou simplesmente uma fonte de inspiração para os sonhos – agora no outro sentido da palavra, o daquilo que almejamos para a vida.<br />
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A ciência comprova que, lembrados ou não, os sonhos povoam nossa mente cada vez que atingimos um ponto de sono profundo. É o chamado estado REM (Rapid Eye Moviments), que experimentamos em média cinco vezes a cada noite dormida. A partir de exames neurológicos, pode-se perceber uma intensa atividade cerebral durante esse momento – curiosamente, “acendem-se” áreas pouco usadas durante a vigília.<br />
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No entanto, um fator não é explicado: como é feita a seleção das imagens que nos povoam enquanto sonhamos. A tentativa de desvendar esse mistério, que intriga o homem desde o início da civilização, é um dos pilares da Psicologia Analítica, criada pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Para ele, os sonhos são fotografias fiéis do dinamismo psíquico: ou seja, a partir deles, podemos ter uma percepção clara dos afetos que nos povoam, dos complexos que nos regem e também das estruturas que carecem de desenvolvimento.<br />
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Em A natureza da psique (Ed. Vozes), Jung atribui aos sonhos cinco funções básicas. A primeira delas é a compensadora, compartilhada por Sigmund Freud. A partir dela, podemos entender os sonhos como um mecanismo psíquico para compensar desejos, frustrações e expectativas da vida, de forma a apresentar ao sonhador, por alusões, “todos aqueles pontos de vista que durante o dia foram insuficientemente considerados ou totalmente ignorados”, ensina. Dessa forma, o sonho “completa” o conteúdo que a consciência já abarca.<br />
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A segunda função é a prospectiva. O sonho oferece indicativos diferentes daqueles que a consciência, naturalmente limitada, é capaz de captar. É a parcela educativa do sonho: ele capacita para que solucionemos conflitos, amplia a visão de forma melhorada. Por outro lado, temos na função redutiva o contrário: há sonhos que surgem como elementos questionadores, cuja função é de destituir qualquer imagem já construída na consciência sobre determinado aspecto. Nas palavras de Jung: “O sonho redutor tende, antes, a desintegrar, dissolver, depreciar e mesmo destruir e demolir”. Ele acrescenta que o efeito desses sonhos não é necessariamente aniquilador, mas funciona como um questionamento diante de ideias e conceitos falaciosos. “Esse efeito é muitas vezes altamente salutar, porque afeta apenas a atitude e não a personalidade real.”<br />
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Os sonhos ainda podem funcionar como respostas reativas diante de acontecimentos da vida lúcida. Quando uma determinada experiência nos afeta de forma impactante, o inconsciente tende a repeti-la em imagens oníricas até que todo o conteúdo possa ser prontamente assimilado. Essa temática é bastante comum após vivências traumáticas. É como se assistíssemos pedaços de um mesmo filme várias vezes até compreendê-lo por inteiro.<br />
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Por último, Jung classifica a função mais controversa – e também certamente a mais curiosa – que os sonhos podem estabelecer: a telepatia. As experiências dos sonhos premonitórios, ou telepáticos, falam por si. Somente quem pôde tê-los sabe descrever o quanto eles podem inspirar em fascínio ou temor. Eles são a prova cabal para que entendamos que as fronteiras do tempo e do espaço são limitadores à consciência, e não ao inconsciente. Este, vive sob a ausência de uma linearidade de acontecimentos. A mesma lei que justifica a capacidade que temos de, em instantes, lembrarmos com nitidez de eventos ocorridos há décadas serviria para explicar os lampejos de futuro experimentados durante o sono.<br />
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Além de qualquer teoria, o olhar sobre os sonhos torna-se um poderoso instrumento de autoconhecimento e de busca pelo caminho pessoal. Observá-los com atenção, rigor e respeito (uma das funções no processo da psicoterapia junguiana) é um exercício contínuo para que possamos almejar ao amadurecimento do Ser. João Rafael Torreshttp://www.blogger.com/profile/09682555612943750776noreply@blogger.com0